O Senhor jurou e não mudará de ideia: Tu és sacerdote para sempre. Salmo 110:4
Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e vinho. Gênesis 14:18
É de um sumo sacerdote como este que precisávamos: santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus. Hebreus 7:26
Origens - Sacerdócio no Antigo Testamento
Melquisedeque é apresentado na Bíblia como um sacerdote de Deus Altíssimo, mas não é explicitamente chamado de "o primeiro sacerdote". Sua aparição ocorre em Gênesis 14:18-20, onde ele abençoa Abrão após a vitória de Abrão sobre os reis inimigos. Melquisedeque traz pão e vinho, realiza uma bênção e é descrito como sacerdote do Deus Altíssimo.
Deus escolhendo Arão e seus filhos como sacerdotes: Êxodo 28:1 - "Chama a teu irmão Arão e a seus filhos para que me administrem o sacerdócio."
Função do Sacerdote (Vou listar apenas 03)
Oferecimento de Sacrifícios:
Os sacerdotes eram responsáveis por oferecer uma variedade de sacrifícios, incluindo holocaustos, ofertas de cereal e ofertas de paz. Esses sacrifícios tinham propósitos diversos, como expiação pelos pecados, agradecimento a Deus e consagração.
Levítico 1:5 - "Então, degolará o novilho perante o Senhor; e os sacerdotes, filhos de Arão, oferecerão o sangue, e o espargirão ao redor sobre o altar, que está diante da porta da tenda da congregação."
Intercessão pelo Povo:
Os sacerdotes desempenhavam um papel de intercessão, orando em nome do povo e levando suas necessidades e súplicas diante de Deus.
Números 6:23-27 - "Falarás a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo-lhes: O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz."
Ensino da Lei e Juízo:
Os sacerdotes tinham a responsabilidade de ensinar a Lei de Deus ao povo e esclarecer questões legais e morais.
Levítico 10:11 - "Para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado por intermédio de Moisés."
Reino de Sacerdotes
A expressão "reino de sacerdotes" é encontrada no Antigo Testamento da Bíblia, especificamente em Êxodo 19:6, onde Deus diz ao povo de Israel: "E vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa."
Essa declaração faz parte da aliança que Deus fez com Israel no Monte Sinai, quando entregou a Lei a Moisés.
A ideia por trás do "reino de sacerdotes" é que todo o povo de Israel seria chamado a servir a Deus e a cumprir Seus mandamentos de uma maneira semelhante à dos sacerdotes. Os sacerdotes da época eram responsáveis por intermediar entre Deus e o povo, oferecendo sacrifícios e intercedendo em favor do povo diante de Deus.
Portanto, ao se referir a todo o povo como um "reino de sacerdotes", Deus estava indicando que eles teriam uma relação especial com Ele e seriam chamados a cumprir um papel de mediação espiritual.
Essa ideia é desenvolvida ao longo do Antigo Testamento e é retomada no Novo Testamento, onde a missão de todo o povo de Deus como sacerdotes é enfatizada, especialmente na carta de Pedro, onde ele escreve aos cristãos, chamando-os de "raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pedro 2:9).
Essa visão é essencial para entender o papel dos cristãos como agentes de Deus no mundo, chamados a proclamar Seu amor e a servir como mediadores entre Ele e a humanidade. E essa ideia de reino sacerdotal se cumpri na Igreja
Identidade sacerdotal dos crentes: No Novo Testamento, especialmente nas cartas de Pedro, os crentes são chamados de "sacerdócio real" e uma "nação santa" (1 Pedro 2:9). Isso sugere que todo o povo de Deus, não apenas uma classe sacerdotal especial, é chamado a exercer um papel sacerdotal.
Acesso direto a Deus: Em Cristo, todos os crentes têm acesso direto a Deus, sem a necessidade de intermediários humanos, como os sacerdotes do Antigo Testamento. Isso é enfatizado em passagens como Hebreus 4:16, que diz: "Cheguemo-nos, portanto, confiadamente ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno."
Serviço e ministério: Os crentes são chamados a servir a Deus e uns aos outros através de seus dons e ministérios. Efésios 4:11-12 fala sobre como Cristo deu dons aos crentes para equipar os santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo.
O ensino da Reforma Protestante enfatizou fortemente o conceito do "sacerdócio de todos os crentes", argumentando que todos os crentes têm acesso a Deus e são chamados a servir como sacerdotes em suas vidas diárias, não apenas os líderes da igreja.
Jesus Sumo Sacerdote
Historicamente, o sumo sacerdote de Israel viria da linhagem de Arão, irmão de Moisés, e seria considerado “[cabeça] entre os seus irmãos” (Lv 21.10). Esse indivíduo teria experimentado as mesmas condições, pressões e provações sociais que os homens e mulheres representados por ele, o que o ajudaria a ser um defensor mais compassivo em favor deles.
Muito antes da chegada de Jesus, todavia, o padrão histórico de nomeações de sumos sacerdotes haviam sido corrompido por Herodes, o Grande, e outros governantes, que escolhiam eles próprios os sumos sacerdotes. Eles não entendiam que o papel do sumo sacerdote não era uma honra a ser outorgada por homens, mas era, em última análise, um chamado de Deus, como foi para Arão.
Os sumos sacerdotes não deveriam representar uma instituição política; eles deveriam representar o povo de Deus diante do próprio Deus. Esse é um dos fatores que fazem de Jesus o melhor sumo sacerdote: ele não tomou sobre si a glória de se tornar um sumo sacerdote; em vez disso, ele foi designado pelo Pai. Ele reconheceu: “Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória nada é; quem me glorifica é meu Pai, o qual vós dizeis que é vosso Deus” (Jo 8.54).
Ele suportou perfeitamente as mesmas dificuldades que enfrentamos. Ele foi adiante do Todo-Poderoso Deus pelos nossos pecados, embora não tivesse pecado algum. Com um espírito de mansidão, Jesus nos impulsiona em direção à justiça. Visto que ele ofereceu o sacrifício perfeito — de fato, porque ele era o sacrifício perfeito —, você e eu podemos aproveitar a presença de Deus tanto agora como para sempre.
Nenhum pecado ou sofrimento, nenhuma frustração ou desespero, nada torna essa realidade gloriosa menos verdadeira: que você tem um sacerdote, para sempre, e, portanto, tem um lugar com ele, para sempre.