E, estando eles ali, chegou a hora de nascer o bebê. Ela deu à luz seu primeiro filho, um menino. Envolveu-o em faixas de pano e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Lc 2.6,7
INTRODUÇÃO
Em visita recente a Petrópolis, acompanhado do #ClãFernandes, meus sogros e da família do irmão Rodrigo Messias, visitamos o Museu Imperial e ficamos fascinados com toda a pompa que envolvia a realeza da família imperial brasileira.
Um dos elementos mais notáveis do passeio foi o berço de ouro, que recebeu alguns dos rebentos da família real. Aqueles que nasciam nobres no passado eram recebidos com toda essa majestade, sinalizando que eles estavam acima em posição privilegiada e acima dos demais.
A Bíblia também nos conta do nascimento de um nobre. Mas diferente daqueles da família imperial portuguesa, Ele não nasceu em um berço de ouro...
Neste terceiro passo da nossa caminhada com o Crucificado, vamos nos debruçar sobre a ocasião do seu nascimento.... espero que essa reflexão fale ao seu coração.
O RELATO DO NASCIMENTO DE JESUS PELA PERSPECTIVA DE LUCAS
Quando lemos o evangelho de Lucas, somos surpreendidos pelo cuidado que ele teve em conectar a história de Jesus com a história do mundo da sua época. Cristo veio na plenitude dos tempos (Gl 4.4) e é importante para Lucas que seus leitores percebam que sua narrativa é histórica e não mitológica.
Vemos isso claramente logo nos primeiros versos do capítulo 2.
Naqueles dias, o imperador Augusto decretou um recenseamento em todo o império romano. (Esse foi o primeiro recenseamento realizado quando Quirino era governador da Síria.) Todos voltaram à cidade de origem para se registrar. Lucas 2.1-3
Augusto emitiu um decreto para que todo o império fosse recenseado. Segundo alguns historiadores, era prática de Roma realizar o censo a cada 14 anos, a fim de conhecer:
o potencial militar que possuía (quantos homens eram capazes de servir em uma necessidade de guerra)
e também para fortalecer a cultura da cobrança de impostos.
O imperador da época era Caio Otávio, que foi chamado posteriormente de César Augusto. "Augusto" não era o nome do imperador, mas um título imperial, dado pelo Senado a ele em 27 a.C.
Quirino era o governador da Síria nesse tempo.
Esse relato está de acordo com aquilo que é devidamente registrado pela história.
Nossa fé não é um conjunto de crenças mitológicas organizadas pelos primeiros cristãos, mas um relato histórico fidedigno de fatos que se deram entre nós e que foram devidamente documentados por aqueles que a testemunharam.
As alegações cristãs não são folclores, mas o relato de eventos históricos incontestáveis.
Por ser descendente do rei Davi, José viajou da cidade de Nazaré da Galileia para Belém, na Judeia, terra natal de Davi, levando consigo Maria, sua noiva, que estava grávida. Lc 2.4,5
Mateus (Mt 1.1) e Lucas (Lc 2.4; 3.33) afirmaram em seus evangelhos que Jesus era descendente de Davi. Paulo afirmou em Romanos que Jesus era da descendência de Davi segundo a carne (Rm 1.3).
Este é o registro dos antepassados de Jesus Cristo, descendente de Davi e de Abraão, Mt 1.1
O Deus apresentado nas Escrituras é um Deus de Palavra. E as Escrituras afirmam, em oito passagens do AT, que um descendente de Davi seria estabelecido para sempre no trono. A mais conhecida é a de Is 9.6,7.
Pois um menino nos nasceu, um filho nos foi dado. O governo estará sobre seus ombros, e ele será chamado de Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno e Príncipe da Paz. Seu governo e sua paz jamais terão fim. Reinará com imparcialidade e justiça no trono de Davi, para todo o sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará que isso aconteça! Is 9.6,7
No plano eterno de Deus, foi também determinado que o Salvador nasceria em Belém.
Mas você, ó Belém Efrata, é apenas uma pequena vila entre todo o povo de Judá. E, no entanto, um governante de Israel, cujas origens são do passado distante, sairá de você em meu favor. Mq 5.2
No tempo de Maria dar a luz, o casal estava em Nazaré, a uma distância de 130km de Belém, uma viagem que poderia durar de 3 a 5 dias pela peculiaridades da geografia do local.
Deus moveu o coração do imperador para realizar um censo, o que criaria o cenário para que essa profecia se cumprisse.
O coração do rei é como ribeiros nas mãos do Senhor; ele o dirige para onde quer. Pv 21.1
Deus não tem limites que o impeçam de agir e cumprir Sua vontade Soberana. Essa é a esperança que temos: quando Deus quer romper barreiras e chamar um morto espiritual para estar em Sua presença, Ele faz!
E, estando eles ali, chegou a hora de nascer o bebê. Ela deu à luz seu primeiro filho, um menino. Envolveu-o em faixas de pano e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria. Lc 2.6.7
Lucas é enfático em afirmar que o Salvador foi o primeiro filho de Maria.
Isso é importante porque no relato bíblico, Maria teve outros filhos além de Jesus e não permaneceu perpetuamente virgem, mas viveu como qualquer mulher israelita, sendo uma videira frutífera no lar com seu esposo.
A diferença é que Jesus nasceu pelo contato do Espírito Santo com Maria, já os outros filhos, pelo contato dela com seu esposo.
Não é este o filho do carpinteiro? A sua mãe não se chama Maria, e os seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? Mt 13.55
Um fato importante que pode ser observado nas entrelinhas do texto é a parceria de José com Maria. Eu percebo nessa família duas marcas distintivas de um casal que entende a seriedade do matrimônio e que busca glorificar a Deus:
Em José, percebo o exemplo de varonilidade e de masculinidade pró-ativa. Pense comigo: ele assumiu seu compromisso civil de participar do censo e levou sua mulher por uma viagem de 130km até Belém. Por que Ele fez isso?
Possivelmente, para poupá-la e protegê-la dos fofoqueiros e para garantir que ele próprio seria uma muralha protetora para ela no caso do seu filho nascer.
Não encontrando um lugar mais adequado para ela dar a luz, ele provavelmente improvisou um espaço onde ela pudesse ter seu filho.
José me ensina que o homem bíblico é correto na vida, assume responsabilidades, protege a sua fêmea e a sua prole e se reinventa nos momentos de crise.
Meninos fogem de responsabilidades. Homens as enfrentam e vencem!
Precisamos de mais homens em uma sociedade repleta de meninos...
"Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela." Ef 5.25
Já Maria nos ensina o exemplo de resiliência e parceria que toda mulher cristã deveria se espelhar. Ela aceitou embarcar na viagem com o marido, mesmo sabendo o risco que corria. Ela foi resiliente com as portas fechadas quando precisou dar à luz e não reclamou com o marido pela precariedade do ambiente para o seu parto.
A Bíblia também afirma que ela própria envolveu o seu bebê e o deitou na manjedoura.
Maria, como mulher sábia, em silêncio e com confiança em Deus, ficou calada e edificou a sua casa. Mulheres bíblicas sabem a hora de falar e sabem a hora de silenciar. Sabem agir e sabem esperar.
Meninas irresponsáveis só sabem reclamar e diminuir o ânimo e a masculinidade de seus maridos.
A mulher sábia edifica o lar, mas a insensata o destrói com as próprias mãos. Pv 14.1
Então, siga o exemplo de Maria: se o seu marido estiver sem forças, enrole você mesma o seu bebê...
o anúncio do nascimento de jesus aos pastores
Uma das perspectivas que Lucas dá no seu evangelho é como Deus, na revelação da Sua graça, inverteu as expectativas, dando valor aos que aos olhos do mundo não tinham valor algum.
No cântico de Maria, por exemplo, essa realidade é perfeitamente exemplificada:
Seu braço poderoso fez coisas tremendas! Dispersou os orgulhosos e os arrogantes. Derrubou príncipes de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de coisas boas os famintos e despediu de mãos vazias os ricos. Lucas 1.51-53
Por isso, é muito interessante percebermos no texto que o primeiro grupo que recebeu a notícia do nascimento de Jesus foram os pastores no campo.
Nos tempos bíblicos, essa categoria de trabalhadores ganhava salários irrisórios, porque seu trabalho era considerado como não especializado e, portanto, de classe inferior.
Naquela noite, havia alguns pastores nos campos próximos, vigiando rebanhos de ovelhas. Lc 2.8
Além disso, os pastores eram uma classe estigmatizada em Israel. Por causa dos seu trabalho nas vigílias da noite, eles não conseguiam guardar o sábado cerimonial nos termos exatos da lei.
E o próprio manuseio de animais (inclusive de suas carcaças), os tornavam frequentemente impuros cerimonialmente, impedindo que pudessem adorar no templo como os outros israelitas. Isso torna ainda mais significativa a escolha de Deus em revelar a eles, em primeiro lugar, o nascimento do Salvador (Lc 2.10-12). O Messias viria também para os humildes e excluídos, inaugurando um Reino onde as expectativas humanas seriam radicalmente quebradas.
Deus realmente escolhe quem Ele quer!
De repente, um anjo do Senhor apareceu entre eles, e o brilho da glória do Senhor os cercou. Ficaram aterrorizados, mas o anjo lhes disse: “Não tenham medo! Trago boas notícias, que darão grande alegria a todo o povo. Lc 2.9,10
Assim como a Lei foi dada no Sinai pelo ministério de anjos (At 7.53), a Graça foi por um ser angelical.
Essa boa notícia era uma fonte de alegria para todo o povo (que aqui, deve ser entendido como o povo de Israel, que esperava a chegada do Messias).
O evangelho é a boa notícia dada à homens, porque os anjos não precisam de um Salvador e os demônios não querem um!
Nós, pecadores, é que precisamos desesperadamente de um Salvador.
Hoje em Belém, a cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor! Lc 2.11
O conteúdo da boa notícia era o evangelho, o anúncio glorioso do nascimento do Senhor.
Aqui, o anjo reforça a fé da igreja ao anunciar a humanidade de Jesus (Ele nasceu) e a sua divindade (Ele é o Senhor).
Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Haviam milhares de problemas sociais no mundo dos tempo de Jesus, assim como há milhões de problemas no mundo atual. A boa notícia, contudo é a mesma: Nasceu o Salvador.
Vocês o reconhecerão por este sinal: encontrarão o bebê enrolado em faixas de pano, deitado numa manjedoura”. Lc 2.12
Todos nós esperamos encontrar um rei nascendo em berço de ouro, no melhor cômodo de um palácio real.
Para Jesus, contudo, não houve ouro, mas feno.
Não houve tecidos de linho fino, mas faixas de pano.
Não houve servos, apenas animais.
Esse rei humilde, nascido na simplicidade, rodeado de animais, era uma figura estranhamente familiar para pastores que viviam na pobreza...
Jesus era e é, de fato, o Salvador dos humildes.
De repente, juntou-se ao anjo uma grande multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nos mais altos céus,e paz na terra àqueles de que Deus se agrada!”. Lc 2.13,14
Os anjos aparecerem em formação de exército, não para promover um conflito, mas para proclamar a paz. Jesus é "o Príncipe da paz" e não da guerra.
Não há paz genuína separada da glória de Deus. Essa paz anunciada não diz respeito ao fim do imperio do mal, mas à reconciliação que seria conquistada quando o Cordeiro de Deus morresse para salvar os pecadores e reconciliá-los com Deus.
Essa paz é, biblicamente, destinada àqueles dos quais "Deus se agrada".
Jesus, no evangelho de João e os apóstolos, em suas epístolas, nos ensinaram quem são estes: são as ovelhas de Jesus (Jo 10), aqueles que Ele escolheu para si antes da fundação do mundo (Ef 1.4,5), para os quais Ele veio e pelos quais Ele haveria de morrer.
O cântico dos anjos proclamava a soberania de Deus na eleição e salvação dos pecadores.
Quando os anjos voltaram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: “Vamos a Belém para ver esse acontecimento que o Senhor nos anunciou”. Indo depressa ao povoado, encontraram Maria e José, e lá estava o bebê, deitado na manjedoura. Lc 2.15,16
Veja que, quando as boas novas são anunciadas, as pessoas apressadamente querem ir ao encontro de Jesus. Eles encontraram o menino como o anjo havia anunciado.
Deus é um Deus de Palavra.
E que bom que Maria cuidou da casa, enfaixou o bebê e o deitou na manjedoura. Mesmo as coisas mais simples da vida cumprem seu papel no grande plano de Deus, afinal, devemos fazer tudo para Sua glória!
Depois de o verem, os pastores contaram a todos o que o anjo tinha dito a respeito da criança, e todos que ouviam a história dos pastores ficavam admirados. Maria, porém, guardava todas essas coisas no coração e refletia sobre elas. Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido. Tudo aconteceu como o anjo lhes havia anunciado. Lc 2.17-20
O resultado do encontro com Jesus promoveu nos pastores o efeito do evangelho no coração: eles voltaram às suas vidas simples, mas agora com outra atitude: glorificando e louvando a Deus.
Esse é o efeito poderoso da boa notícia de salvação.
Quem se encontra com Jesus pelo anúncio do evangelho:
Glorifica a Deus e não a si mesmo.
Louva a Deus e não a si próprio.
O evangelho é esse poder de Deus para salvação, que nos tira de uma vida autocentrada e nos coloca aos pés do Rei.
Algumas aplicações do texto
O que esse texto pode nos ensinar hoje?
Primeiro, fazer parte do plano de Deus não é necessariamente estar à parte da vida comum, como qualquer outra pessoa da face da terra.
Jesus veio do céu, mas seus pais eram humanos como nós.
Podemos estar vivendo vidas cristãs contaminadas com expectativas irreais que foram semeadas em nós pela tradição oral evangélica: "Deus tem um grande plano para você", "Deus vai te honrar", "Deus vai tirar você de baixo e te colocar por cima".
O plano de Deus não exige grande realizações, mas é uma concessão de graça à nossa vida comum!
José cumpriu o plano de Deus obedecendo uma ordem civil.
Maria, enfaixando seu bebê e deitando-o na manjedoura.
Precisamos estar atentos e abertos para vivermos a glória e alegria de nossa fé na vida comum que desfrutamos, e nos alegrarmos, onde Deus nos plantar, com a boa notícia que recebemos do céu: o Salvador já nasceu!
"Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo". Cl 3.23-24
Segundo, a natureza de nossa fé não está relacionada com pompa e circunstância, mas com a simplicidade de um Deus que se importa com os pecadores indignos que somos.
Deus, em sua soberania, nos escolheu por causa dEle mesmo e não por nada que tenho encontrado em nós.
Deus, em sua dignidade, amou os indignos.
Ele poderia ter nascido em um palácio, mas preferiu nascer na manjedoura. Ele poderia ter anunciado sua chegada aos reis, mas preferiu anunciar à pobres pastores.
Ele trocou Seu lar no céu para morar em corações pecadores.
A salvação não está relacionada com nossa posição social, conhecimento teológico, beleza, talento ou formosura.
Deus nos salva por amor eterno e soberano!
Paulo, reconhecendo essa natureza misteriosa da eleição, recorda os crentes de Corinto da condição humilde do seu chamado.
Lembrem-se, irmãos, de que poucos de vocês eram sábios aos olhos do mundo ou poderosos ou ricos quando foram chamados. Pelo contrário, Deus escolheu as coisas que o mundo considera loucura para envergonhar os sábios, assim como escolheu as coisas fracas para envergonhar os poderosos. Deus escolheu coisas desprezadas pelo mundo, tidas como insignificantes, e as usou para reduzir a nada aquilo que o mundo considera importante. Portanto, ninguém jamais se orgulhe na presença de Deus. Foi por iniciativa de Deus que vocês estão em Cristo Jesus, que se tornou a sabedoria de Deus em nosso favor, nos declarou justos diante de Deus, nos santificou e nos libertou do pecado. 1 Coríntios 1.26-30.
Terceiro, este mundo tem uma capacidade incrível de rejeitar aquEle que Deus enviou para nos salvar:
Quando Ele nasceu, não havia lugar para Ele na estrebaria;
Quando Ele começou a pregar, seus irmão não creram nEle;
Mesmo operando sinais miraculosos que provavam ser Ele o Messias, Seu povo o rejeitou;
Na cruz, até mesmo seus discípulos o abandonaram;
Nós podemos nos encontrar, hoje, na mesma situação. Vivendo nossas vidas sem ter espaço para Jesus na estrebaria de nosso coração.
Falo, primeiramente, à você, que ainda não é um cristão: Deus enviou o Seu Filho Jesus ao mundo para nos resgatar de nossa vida de pecados e nos reconciliar com Ele.
Jesus nasceu, morreu e ressuscitou. Ele e o único caminho (Jo 14.6), fora dEle não há salvação (At 4.12).
Jesus pode nascer mil vezes em Belém, mas se Ele não nascer no seu coração, você estará eternamente perdido.
Nessa manhã, permita que o amor de Deus lhe constranja! Seja tocado pelo Espírito Santo, abandone o pecado e aconchegue Jesus na manjedoura do seu coração.
Há paz para aqueles que recebem Jesus!
Há esperança de vida eterna para aqueles que crêem na boa notícia do evangelho!
Só há salvação no nome precioso de Jesus e na fé do evangelho!
Deus concederá descanso a vocês, que são afligidos, e também a nós, na revelação do Senhor Jesus, quando ele vier do céu. Virá com seus anjos poderosos, em chamas de fogo, trazendo juízo sobre os que não conhecem a Deus e sobre os que se recusam a obedecer às boas-novas de nosso Senhor Jesus. Eles serão punidos com destruição eterna, separados para sempre da presença do Senhor e de seu glorioso poder. No dia em que ele vier, receberá glória de seu povo santo e louvores de todos os que creem. E isso inclui vocês, pois creram naquilo que lhes dissemos a respeito dele. 2 Ts 1.7-10.
Falo também a você, cristão. A salvação é um dom gracioso de Deus, que nos foi dado pela fé, e que isso não vem de nós (Ef 2.8).
É Deus quem nos salva, do começo ao fim.
Mas não devemos, em hipótese alguma, vacilar em nosso contato diário com Deus.
A vida de muitos cristãos modernos são estrebarias fechadas para Cristo. E não estou falando de regras religiosas que são meras tradições humanas, sem poder e sem valor espiritual algum.
Estou falando de ausência da evidência do fruto do Espírito em muitos que afirmam serem "servos de Deus".
A estrebaria do seu coração está fechada para Cristo quando:
Você se recusa a perdoar, mesmo quando sabe que foi perdoado por Deus...
Você se apega à sua dor e se esquece de que a cruz já levou os seus pecados...
Você vive de aparência, mas sua vida secreta é marcada pela hipocrisia...
Você negligencia os necessitados, enquanto acumula bens para si mesmo...
Você não busca a paz, mas se envolve em brigas e contendas, achando que sempre tem razão...
Você diz que ama a Deus, mas não ama ao próximo que está ao seu lado...
Você ignora a Palavra de Deus, preferindo ouvir o que é conveniente aos seus próprios desejos...
Você coloca seus próprios planos e desejos acima da vontade de Deus, fechando os ouvidos à Sua direção...
Você vive em busca de conforto, ao invés de se sacrificar por amor ao próximo...
Você tem mais prazer nas coisas passageiras do mundo do que na presença de Deus.
Lembre-se nessa manhã daquele que falou: "Eis que estou à porta e bato"... e, agora, me responda com sinceridade: há espaço no seu coração para Jesus?
CONCLUSÃO
Jesus não procura mais um berço de ouro para nascer! Ele prefere se aconchegar em corações pecadores como o meu e o seu! E quando Ele é gerado dentro de nós, tudo se torna diferente e cheio da graça de Deus!
Nessa manhã, abandone o engano do pecado e experimente o poder de ter Cristo nascendo dentro de você!
Que hoje o meu coração e o seu sejam a estrebaria que receberá o Salvador!
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Pastor Sérgio Fernandes
Pastor Titular da IPR
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