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O mal que a teologia reformada causou em minha vida




Gente, quero contar para vocês todo o ‘mal’ que a teologia reformada causou em minha vida. Espero que vocês leiam isso e se sintam encorajados com o que relatarei e pensem duas vezes antes de conhecer essa proposta de cosmovisão bíblica!



Primeiro: A teologia reformada me mostrou o quanto eu sou mau e o meu coração, obstinado


Isso mesmo. A teologia reformada me mostrou que sou mau na completude do meu ser (Lucas 11.13). Sabe aquele sentimento de que no fundo eu sou ‘bonzinho’ ou, pelo menos, ‘menos pior’ do que meu irmão? Ela jogou tudo isso no lixo, juntamente com a confiança que eu tinha de que lá no fundo Deus tinha o dever de me salvar. Isso destruiu a minha segurança em mim mesmo e o complexo de ‘alecrim dourado’ que a religião fez nascer no meu coração. Um desastre. Antes dela, eu me considerava bom, religioso, merecedor das bençãos do Pai, o ‘cara’ que Deus colocou como cabeça e não por cauda. Depois dela, me vi pecador, pobre, cego, desamparado e necessitado da pura graça de Deus. Um desastre!



Segundo: A teologia reformada destruiu minha vaidade de que eu fui a causa de minha salvação


Sempre enchi a boca para afirmar que tinha “aceitado a Jesus”. Pensa comigo como isso faz bem para o nosso ego, tratar Deus como algo que precisa ser aceitado (ou não), tipo um produto de supermercado ou um novo serviço na assinatura da internet. Mas a teologia reformada me fez ver que em nenhum momento a Bíblia trata da salvação como uma escolha do homem para com o Seu Criador, mas de um Pai Celestial que busca salvar aqueles que se haviam perdido (Lc 19.10). Todo o mérito que eu tinha foi desfeito e eu tive que engolir que a salvação era uma obra de Deus do começo ao fim, pois, como eles me ensinaram: “a salvação pertence ao Senhor”, Jn 2.9. Aquele gostinho de dividir com Deus (mesmo que subjetivamente) a glória da salvação foi embora. Ah, essa terrível teologia reformada!

Terceiro: A teologia reformada esmagou minha certeza de que eu estava pagando o preço para morar no céu


No movimento a que pertencia, defendia-se muito a tese de um “caminho estreito” e que eu precisava “fazer minha parte” para chegar no céu. Como era gostoso pegar os irmãozinhos mais fracos na fé e esfregar em seus rostos que eles não estavam pagando o preço suficientemente e com isso, mostrar que eu ‘fazia por merecer’ a minha salvação. Até isso a teologia reformada me roubou! Ela mostrou que na cruz Cristo morreu concretamente por aqueles que serão salvos. Que a morte dEle não tornou a salvação possível, mas real e que todo o preço pela redenção dos pecadores foi paga integralmente na cruz (Jo 19.30). Que lástima! Nunca mais vou poder cantar: “eu tô pagando, eu tô pagando, o preço para morar no céu estou pagando”. Damares, foi mal...



Quarto: A teologia reformada me revelou que não sou tão forte quanto eu pensava ser


Eu sempre imaginei que as coisas só dariam certo na minha vida se “eu desse lugar para Deus” e eu repeti esse mantra tantas e tantas vezes... era automático eu afirmar para pessoas próximas que elas não estavam dando espaço ou abrindo o coração para que Deus operasse. Eu realmente pensava que dava para disputar forças com Deus, tipo, ‘se eu não deixar Ele não faz’. Mas vocês acreditam que a teologia reformada me fez perceber que, na verdade, eu não governo absolutamente nada, não tenho controle sobre coisa alguma e até a força que eu julgava ter em resistir absolutamente a Deus era, na verdade, uma falácia, pois operando Ele, ninguém pode impedir (Is 43.13)? Tem noção do mal que a doutrina da soberania de Deus fez para meu ego? Ela simplesmente me mostrou que Deus é forte, Todo Poderoso e que sua graça eficaz pode, inclusive, vencer a incredulidade e obstinação do meu coração. Que tragédia isso causou em meu orgulho. Tive que reconhecer que Deus é Deus e que somente Ele é digno de glória e louvor.



Quinto: A teologia reformada me fez ter que admitir que se chegar ao céu um dia, será somente pelos méritos de Cristo e não pelos meus próprios


Parecia tão claro para mim que só viveria os propósitos de Deus se obedecesse perfeitamente a seus princípios. Sempre via a salvação vinculada a minha obediência sendo esta a causa da salvação, e não o seu resultado. Isso me deixava tão empoderado! Nas semanas que meu desempenho gospel eram bons eu sentia no coração aquele gostinho de “dever cumprido”, de “xodó de Jeová” e nas semanas que eu estava mal eu simplesmente via cristãos piores do que eu e aliviava a consciência nos pecados deles (tentando assim tirar a atenção dos meus). Daí veio essa teologia reformada e me mostrou que pelo poder do Espírito Santo, cada salvo em Cristo é capacitado a perseverar em sua fé. Em outras palavras, que meus avanços em direção a santificação são méritos do poder de Cristo operando em mim e que por isso, mediante a justificação, Deus ama a minha pior e melhor versão. Percebe o quanto isso é ruim? Não posso mais ficar me comparando com os irmãos mais fracos na fé para me sentir bem, afinal, cada avanço que dou é mérito de Cristo e não meu e cada fracasso que tenho é resultado da própria fraqueza da minha carne. A teologia reformada me fez entender que devo ser humilde e responsável com minha fé e, ainda assim, devo dar glórias a Cristo pelo meu crescimento espiritual. Ela simplesmente não me deixou levar nem um pouquinho da glória por estar sendo santificado pela fé em Jesus.


Essa terrível teologia reformada me fez admitir que não sou nada e que Deus é tudo sobre todos. Inacreditável...


Que mal a teologia reformada me fez! Ela me colocou no meu devido lugar e revelou que Deus permanece imutável no dEle...


Assim não dá!


Acho que vou ouvir uns vídeos do Deive para eu voltar a me considerar o "ponto fraco de Deus"...




Pastor Sérgio Fernandes

Pastor Titular da IPR

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