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Não creio no livre arbítrio



Antes de você me xingar de algum ‘palavrão gospel’, vamos definir o que popularmente é conhecido como “livre-arbítrio”. No linguajar comum, essa palavra trata da liberdade que temos de fazer escolhas e, obviamente, sermos responsabilizados por elas. Se essa for sua definição, eu concordo com ela, apenas a chamo de outro nome, “livre-agência”. Como agentes morais livres, faz todo sentido que um Deus Justo nos julgue de acordo com as nossas ações morais, ora nos recompensando, ora nos corrigindo. Eu tenho como escolher se irei trabalhar a pé ou de carro. Se comerei arroz e feijão ou Big Mac. Se irei ao culto ou se ficarei em casa. Ponto!


A questão está no passo seguinte: eu sou capaz de exercer essa liberdade para buscar livremente a Deus? Aqui, precisamos decidir se nos utilizaremos dos conceitos filosóficos sobre o livre-arbítrio ou se ouviremos o Verbo de Deus. Jesus chamou o homem no seu estado natural de escravo do pecado (Jo 8.34). Disse que somente seríamos livres se o conhecêssemos de modo salvífico (Jo 8.32,36). Afirmou que a humanidade “não quer” vir a Ele para obter vida (Jo 5.40), e que amaram mais as trevas do que a luz (Jo 3.19). Nenhuma dessas expressões combina com “liberdade” e não há força retórica que mude isso.


Some isso ao vasto testemunho das Escrituras sobre a escravidão da vontade humana. Em Gênesis 6.5, o autor bíblico afirma que cada pensamento humano é maculado pelo mal. Paulo demonstrou que fora de uma relação com Cristo, estamos mortos em delitos e pecados (Ef 2.1). A nossa volição à respeito de temas triviais e morais existe, a nossa capacidade de deixar nosso cativeiro espiritual para buscar a Deus e receber a salvação em Cristo, não!


Precisamos de ajuda do alto! Que ajuda é essa? Cristo afirmou que enviaria o Espírito da Verdade (Jo 16.13) para nos convencer do pecado, justiça e juízo (Jo 16.8). É a luz do Espírito injetando vida em nosso coração morto que nos capacita para fazermos a confissão de salvação. Na Sua luz, vemos a luz (Sl 36.9). Se Deus não buscar o pecador, ele morrerá em seus pecados. A diferença crucial do evangelho da graça é a tônica de sua mensagem. Nas religiões inventadas pela mente humana, o homem busca o divino para ser recompensado. Na fé revelada por Deus, Deus busca mortos para revivê-los!


Fecho esse post com uma afirmação de Lutero, maior expoente da reforma protestante: “se algum homem atribuir qualquer parte da salvação, mesmo a menor parte dela, ao livre arbítrio do homem, ele nada sabe sobre a graça, e não conheceu a Jesus Cristo corretamente”.


Soli Deo Gloria!



Pastor Sérgio Fernandes

Pastor Titular da IPR



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