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Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda...




O texto de João 14.21 esteve ocupando boa parte dos meus pensamentos nas últimas semanas. Explico: tenho estado no meio de muitas interações com pessoas em processo de revisão de suas cosmovisões bíblicas e nesse processo, é comum que assuntos secundários do cristianismo entrem no “ringue” de batalha quando algum irmão, ainda imaturo no evangelho, decide fazer juízo sobre os “certos e errados” da nossa fé e daquilo que Jesus espera ou não dos seus discípulos.


Obviamente, a Bíblia oferece um panorama bastante claro a respeito do plano de Deus para o seu povo e para a comunidade daqueles que o adoram! Creio firmemente no princípio protestante do Sola Scriptura e desejo recorrer as Escrituras sempre que algum aspecto da minha fé precisar ser “reformado”, para a glória de Deus. Mas essa busca não deve se tornar uma “cruzada evangélica”, a fim de demonizarmos uma pancada de coisas secundárias que não refletem com tanta clareza o que podemos chamar de cristianismo bíblico e histórico.


Por isso, as palavras de Cristo me pareceram tão importantes. Ele disse isso: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” Quais mandamentos são esses? Aqueles dez que compuseram a Lei moral, conhecidos como Decálogo e que depois foram resumidos por Cristo em dois simples princípios: “Amar a Deus sobre todas as coisas” e “amar ao próximo como a si mesmo” (Mt 22.34-40).


Então eu não vou julgar você se a sua igreja tem parede preta ou branca. Pouco me importa se você usa calça comprida ou bermuda. Não me interessa se você toma ceia todo domingo, uma vez ao mês, a cada dois ou três meses. Não faço juízo de valor se o seu batismo foi por imersão ou aspersão. Mas podemos sentar, tomar um bom café e nos ajudarmos um ao outro a amarmos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.


Sim, obviamente eu sei que amar a Deus sobre todas as coisas implica em uma pancada de princípios bíblicos com os quais eu devo me preocupar sinceramente sendo cristão. Amar ao próximo então, nem se fala (tem cada próximo que é só a misericórdia). Mas qualquer pormenorização demasiada desses princípios pode gerar mais orgulho que santidade, mais legalismo do que graça, mais doutrinas de homens do que de Deus. O discipulado por si só é um processo que consome nossa vida inteira; não vamos complica-lo ainda mais com pormenores que apenas fragmentam mais o já picotado Corpo de Cristo.


Senhor, me ajude a cumprir Jo 14.21.


Pastor Sérgio Fernandes

Pastor Titular da IPR

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